segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Menos é mais: desapego

Esse é um assunto complicado e difícil de relatar, mesmo porque eu vivi 20 anos da minha vida seguindo justamente o contrário. Então vamos lá, começando o blog com o pé esquerdo.
Assisti recentemente pela milionésima vez o filme Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, e nessa vez em especial algo em mim ficou abalado. Porque é que temos tanta necessidade em comprar coisas que não precisamos? Porque a gente se sente tão feliz em comprar coisas que iremos usar apenas uma vez ou duas? Não sei vocês, mas eu fui assim. Sabe aquelas super liquidação de blusinhas que mesmo você não achando tão especial você compra pelo preço? Ou aquele vestido exagerado que você você só compra porque está na moda, e aí passam as estações e você não tem mais coragem de usar? E principalmente: aquele guarda-roupas entupido de peças de roupas, roupas que você nem lembrava que existiam e que estão lá por alguma causa que você nem lembra. Porque mesmo que eu comprei tudo isso? Oi? 

A minha história é mais ou menos assim. Comprava algo e depois me sentia super mal quando eu descobria que não precisava daquilo e comprei por puro consumismo. Mas nos últimos meses, mais intensamente nas últimas semanas, tenho percebido o quanto isso é prejudicial para minha saúde. Li várias matérias sobre desapego e o bem que isso faz pra alma. Tirei dois terços das roupas que eu tinha guardadas e não as usava por qualquer motivo, coloquei num saco (na verdade em quatro) e estou doando. Mas não é simples assim. Nas primeiras vezes que você for fazer isso, você vai sentir aquele apertinho no peito e aquela vozinha que vai dizer "mas essa roupa é tão minha" "mas essa peça é de marca" ou ainda "e se um dia eu precisar dela?" mas nenhuma dessas vozes e nem esse apego têm razão. A voz que deve falar mais alto é: estou me livrando desse "lixo" entulhado na minha vida e doando para pessoas que realmente precisam e não possuem. A partir daí, o primeiro passo foi dado. E quando você entender o que você precisa e o que não precisa, você vai se sentir como na última cena de Becky Bloom, e até os manequins (e você mesma) vão aplaudir esse super salto para uma vida minimalista. 


(Quando for fazer compras, lembre-se sempre de se perguntar: por quê eu estou levando essa peça e pra quê eu vou usar).

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