Minha sorte

Eu não sei bem aonde começar a contar, porque também não sei muito bem quando começou. Mas sei que 21 é meu número da sorte. Sempre foi.

Uma amizade de infância e duas crianças de 14 anos que decidiram se dar a mãos. Eu não sabia como e nem quanto iria durar, mas sabia que queria aquilo pra mim. E desde então, foram milhares de cartas (sim, cartas), ligações que duravam horas a noite, beijos e carinhos, momentos bons e ruins, um sim e um sobrenome novo. Não foi sempre igual, mas sei que hoje foi melhor que ontem, o que aprendemos juntos não só fortaleceu nossa ligação mas também nos fez pessoas melhores. Deixo ser e me deixa ser. Somos livres e mesmo assim decidimos andar juntos, como o ying e yang, dois opostos que se atraíram. 

8 anos depois, as cartas foram substituídas por bilhetinhos na geladeira, pelo bom dia com cara de sono pela manhã e pelos mimos que fazemos um pelo outro mas ainda assim com cara de romance novo e um ar de aventura. Tudo muda, nós mudamos (graças) e o que não muda é o carinho, o amor e a cumplicidade e agradeço todo dia por entender o significado dessas três coisas.
Hoje completamos 8 anos juntos, e queria deixar registrado aqui: na vida o que mais importa não é o caminho que seguimos ou como caminhamos e sim com quem caminhamos. A vida é muito curta pra não tentar, pra não acreditar, pra não amar.
Se você tem alguém para te escutar no fim do dia e tomar café juntos, levante as mãos pro céu porque num mundo onde ninguém ama, ter alguém pra amar é mais que uma benção, é um milagre.